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Carta à SUDECO

O documento aborda questões relacionadas à preservação de áreas indígenas, especificamente no contexto do componente indígena Polonoroeste. Ele destaca a invasão de áreas demarcadas, a falta de reassentamentos previstos em projetos, a não renovação de convênios entre órgãos responsáveis e a resistência de alguns setores contra a demarcação de terras indígenas. Além disso, menciona a presença indígena, a importância da divulgação de informações sobre áreas demarcadas e a necessidade de intervenção para garantir a proteção desses territórios.

Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas

Comunicado da Associação Brasileira de Antropologia em Repúdio a Acusações Contra Antropólogos e Instituições de Apoio aos Povos Indígenas

O documento é uma recomendação do Conselho Científico da Associação Brasileira de Antropologia em resposta a acusações feitas pelo delegado da FUNAI, Álvaro Villas Boas, contra os antropólogos Lux Vidal e Darcy Ribeiro, bem como contra instituições não governamentais de apoio aos povos indígenas. A recomendação é de repúdio público às acusações, afirmando que estas são infundadas e levianas. Além disso, a Associação denuncia publicamente o conteúdo de um livro que atinge a dignidade profissional de seus membros e solicita a atenção da Ordem dos Advogados do Brasil. Este comunicado parece ser uma defesa da integridade e reputação dos antropólogos e das instituições de apoio aos povos indígenas, rejeitando as acusações feitas contra eles.

Universidade de Brasília

TELEX SENADOR AFONSO ARINOS DE MELLO FRANCO PRESIDENTE DA COMISSAO DE SISTEMATIZACAO CAMARA DOS DEPUTADOS

O documento em questão trata do apoio expresso por diversas organizações aos direitos indígenas durante um grupo de trabalho sobre populações indígenas. Ele destaca o suporte aos termos e condições de uma emenda popular apresentada pela União das Nações Indígenas e outras instituições. O conteúdo aborda a importância do reconhecimento e proteção dos direitos dos povos indígenas, bem como a necessidade de garantir a posse de suas terras e riquezas naturais. Além disso, destaca a atuação da União das Nações Indígenas na defesa desses direitos perante a Assembleia Nacional Constitucional do Brasil.

Afonso Arinos de Melo Franco

Princípios gerais para uma nova política indigenista

O documento em questão é um texto que estabelece princípios gerais e diretrizes para a formulação de uma nova política indigenista no Brasil. Seu escopo é amplo, pois visa orientar o governo brasileiro, particularmente o governo Tancredo Neves, na construção de uma política que considere a diversidade e a complexidade das sociedades indígenas em seu relacionamento com o Estado brasileiro. O conteúdo do documento é rico e detalhado, cobrindo aspectos como a importância da garantia dos territórios indígenas, a especificidade das economias indígenas, a necessidade de políticas educacionais adaptadas à diversidade cultural e linguística, a representação política dos povos indígenas, e a reforma da Agência Indigenista do Estado.

Iara ferraz

Análise do Impacto do Projeto GASFOR II na Terra Indígena Tapeba e Recomendações para a Proteção dos Direitos Indígenas

O documento é um relatório elaborado por Henyo Trindade Barreto Filho, coordenador do grupo técnico responsável pelos estudos de identificação da Terra Indígena (TI) Tapeba. É dirigido ao Coordenador Geral de Identificação e Delimitação da FUNAI, TeniVale de Aquino. O relatório responde ao despacho da Informação nº 148/CGD de 20 de outubro de 2003 e aborda a solicitação de atestado administrativo para a comprovação de inexistência de terra indígena na faixa de domínio de 30 metros de largura do gasoduto GASFOR II. A Petrobras solicitou um atestado administrativo para licenciamento ambiental do projeto GASFOR II, uma segunda linha de tubulação de gás que será instalada paralelamente ao GASFOR I, ligando Guamaré (RN) a Caucaia (CE). O relatório confirma que a faixa de domínio do GASFOR I incide na TI Tapeba por uma extensão de aproximadamente 37,5 km. A área de impacto inclui zonas de maior concentração populacional e atividades econômicas dos Tapeba, bem como o rio Ceará, uma importante fonte de recursos e referência cultural.

O autor sugere considerar o impacto ambiental e social do projeto, verificar registros anteriores de solicitações semelhantes para o GASFOR I, e avaliar a possibilidade de compensação para os Tapeba pelo uso de suas terras tradicionais. Ele também recomenda que o conteúdo do relatório seja comunicado aos Tapeba e aos técnicos que participaram dos estudos de identificação da TI. O documento enfatiza a importância de garantir a proteção dos direitos dos Tapeba e a necessidade de uma abordagem cuidadosa na implementação do projeto GASFOR II para minimizar conflitos e impactos negativos na comunidade indígena.

Programa Grande Carajás avaliação e pespectivas

O documento "Programa Grande Carajás: Avaliação e Perspectivas" apresenta uma análise detalhada sobre o impacto e desenvolvimento do Programa Grande Carajás (PGC) na Amazônia brasileira. O texto destaca as características gerais, os principais projetos e as críticas ao programa, abordando aspectos econômicos, sociais, ambientais e políticos. O objetivo do documento é avaliar o PGC, destacando suas implicações em múltiplas dimensões, incluindo a apropriação de recursos pelo grande capital, os impactos ambientais e sociais, e a estrutura de incentivos fiscais envolvidos. O conteúdo está direcionado a uma audiência que inclui membros de seminários e conferências sobre a Amazônia, refletindo uma preocupação acadêmica e social com o projeto.

O PGC abrange uma vasta extensão geográfica de 900.000 km², correspondente a 10% do território nacional, e é uma estratégia voltada para a rápida apropriação de recursos pelo capital internacional, com investimentos vultosos de US$ 60 bilhões em dez anos. Ele envolve múltiplos setores como hidrelétricas, mineração, ferrovias e rodovias, concentrados principalmente na Província Mineral de Carajás, onde se encontram grandes reservas de diversos minérios. Entre os projetos significativos destacam-se ALUMAR e ALBRÁS-ALUNORTE, que incluem grandes investimentos em alumínio e infraestrutura energética, e a construção da UHE Tucuruí para fornecer energia aos projetos de mineração e indústria pesada na região. Também são mencionados os polos industriais criados em estados como Maranhão, Pará e Goiás, com incentivos fiscais substanciais para atrair investimentos.

O documento critica a fragmentação da informação e o processo decisório fechado, além da falta de mão-de-obra local qualificada para os projetos de alta tecnologia. Destaca os problemas de desapropriação coercitiva de pequenos proprietários e os impactos negativos sobre as populações indígenas, que sofreram com invasões de terras e a falta de demarcação adequada. Além disso, aponta a severa degradação ambiental resultante da exploração mineral e da instalação de indústrias, como poluição atmosférica e desmatamento para a produção de carvão vegetal. O documento inclui críticas sistemáticas ao PGC, ressaltando os elevados custos sociais e ambientais, e a necessidade de revisão do plano para uma utilização mais sustentável e integrada dos recursos.

Propõem-se alternativas para um desenvolvimento mais equilibrado e destaca-se a importância de maior democratização e transparência no processo decisório. Sugere-se um controle mais rigoroso por parte do Congresso Nacional e maior participação das comunidades científicas e locais na discussão e implementação dos projetos. O documento oferece uma visão abrangente e crítica sobre o Programa Grande Carajás, sublinhando tanto suas potencialidades econômicas quanto os desafios e impactos negativos associados à sua implementação.

Iara ferraz

A relação possível entre a questão indígena e o patrimônio cultural

O documento aborda a interseção entre a questão indígena e o patrimônio cultural, destacando quatro eixos temáticos iniciais para discussão: Tecnologias Patrimoniais Coletivas, Comunidades Indígenas e Sítios Arqueológicos, Indígenas e Meio Ambiente, e Patrimônio Cultural e Gestão Territorial. Destaca-se a importância dos processos tecnológicos desenvolvidos pelas culturas indígenas, ressaltando sua significância na adaptação ao meio ambiente e na reprodução física e cultural dos grupos. Além disso, enfatiza a necessidade de estabelecer conexões entre a legislação presente no Estatuto do Índio e a atuação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para garantir uma maior visibilidade e reconhecimento do patrimônio indígena como parte integrante da cultura brasileira. A implementação de ações públicas que permitam o acesso das comunidades às fontes de conhecimento e reconhecimento de suas tradições é ressaltada como urgente, visando garantir o respeito e a preservação das identidades culturais indígenas.

Instituto de Estudos Socioeconômicos

Distribuição espacial dos povos indígenas na região do Rio Tapajós

O mapa contém informações sobre a geografia da região, a localização das áreas indígenas e das principais cidades, e a hidrografia da bacia hidrográfica do Rio Tapajós. O mapa também pode ser usado para analisar a relação entre os povos indígenas e o meio ambiente na região.

Iara ferraz

Recorte de jornal

O documento aborda um caso de suposto massacre de indígenas korubos em 1975, envolvendo o administrador da Funai em Tabatinga, Valmir de Barros Torres. O documento apresenta relatos de testemunhas, como Paulo Canhão, que afirmam que Torres teria comandado o massacre de pelo menos 30 korubos durante uma expedição de contato. Além disso, há menções a sertanistas, como Jaime Pimentel, que estavam presentes no evento.

O conteúdo dodocumento inclui detalhes sobre a expedição de contato com os korubos, a descrição do massacre, a distribuição de munição aos indígenas intérpretes por Valmir Torres, e a tentativa de vingança após a morte de Pimentel. Também são mencionados os esforços atuais para buscar as ossadas dos indígenas korubos, bem como relatos de outros indígenas, como Xixu e Txamà Mati, sobre os assassinatos cometidos por madeireiros e pescadores na região.

O documento destaca a importância de investigar essas mortes e revela a persistência de conflitos e violência contra os indígenas na região, mesmo décadas após os primeiros contatos com os não indígenas. A narrativa é construída a partir de depoimentos, relatos de testemunhas e ações atuais de sertanistas e indígenas em busca de justiça e esclarecimento sobre os eventos ocorridos.

O Globo

Convite para: Reunião sobre a revisão da sentença proferida na sessão "Amazônia Brasileira" do Tribunal dos Povos, em outubro de 1990, em Paris.

O documento contém informações sobre uma reunião realizada em São Paulo em junho de 1991 para revisar a sentença proferida na sessão "Amazônia Brasileira" do Tribunal Permanente dos Povos em Paris, em outubro de 1990. A reunião contou com a presença de diversas personalidades e organizações envolvidas na defesa e desenvolvimento da Amazônia, incluindo ativistas, pesquisadores, representantes de movimentos sociais e entidades ligadas aos direitos humanos e ambientais. O objetivo da reunião era discutir a sentença, debater propostas de ação e encaminhar o processo de revisão, contando com a participação de brasileiros que estiveram presentes na sessão em Paris, bem como representantes de organizações que apoiaram o evento.

Iara ferraz

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