Na visão do autor, a cosmologia araueté incorpora conceitos relacionados à natureza da pessoa, à morte e à divindade. Durante os cantos e rituais xamânicos, as divindades e os espíritos dos mortos se revelam aos seres humanos. O tema central do canibalismo divino, na visão do autor, desempenha um papel crucial na compreensão do conceito araueté sobre divindade e pessoa. A metafísica araueté, na perspectiva do autor, explora a posição do ser humano no universo, sua intrínseca ligação com a temporalidade e os princípios subjacentes de identidade e diferença que regem sua ontologia original.
O documento apresenta uma análise da trajetória, a partir do contato, focalizando nas estratégias traçadas pelos Gaviões para sobreviver enquanto grupo na região sudeste paraense. O trabalho analisa o desempenho dos Gaviões, tentando ressaltar como as estratégias de sobrevivência se articulam a partir de ideias, representações e categorias, como se manifestam nas práticas sociais, dando ênfase aquilo vivido pelos sujeitos.
O texto aponta para intolerância cultural sofrida pelos grupos indígenas da Bahia, que é provocada pelo crescente afastamento entre a população não indígena e os povos indígenas em questão. E tal afastamento também é justificado pelas necessidades expansionista do sistema econômico dominante que atinge agressivamente as minorias indígenas.
O documento aborda a participação política dos povos indígenas nas eleições municipais no Acre, destacando a importância do voto étnico, a conscientização das populações indígenas sobre a dinâmica política e social, e a representatividade dos vereadores eleitos. Além disso, enfatiza a necessidade de capacitação, assessoria técnica e apoio institucional para os vereadores indígenas recém-eleitos, visando o aperfeiçoamento de seus cargos e a maximização dos interesses das comunidades que representam. O documento também discute a importância do fortalecimento dos governos locais nas terras indígenas e a necessidade de negociações e acordos pré-eleitorais para viabilizar candidaturas indígenas em cada município. A conquista de recursos e ações dos governos municipais para a melhoria das condições de vida nas terras indígenas também é abordada. O texto fornece um contexto histórico sobre a crescente participação política dos povos indígenas, destacando as dinâmicas locais e os resultados alcançados.
O documento aborda os direitos territoriais dos povos indígenas no Brasil, destacando a importância da demarcação de terras para a redução de conflitos e a segurança nas regiões de fronteira. Focando nas terras Raposa-Serra do Sol em Roraima e Porto Lindo no Mato Grosso do Sul, o texto descreve a resistência local à demarcação e as adversidades enfrentadas pelos Guarani-Kaiowá, confinados em pequenas áreas, o que leva a uma alta taxa de suicídios. Além de destacar a história dos povos indígenas e a falta de políticas justas, o autor defende que a demarcação é essencial para garantir os direitos indígenas conforme a Constituição Federal, e sugere a necessidade de soluções de maior envergadura para evitar crises contínuas.
Artigo de Iara Ferraz, contendo relatório de viagem de campo na TI Mãe Maria - de 15 de junho à 02 de julho de 1982-, e informações sobre a região onde os indígenas moram e os impactos socioeconômicos.
O texto apresenta uma análise histórica sobre a etnologia, destacando os meios metodológicos, o objeto de estudo e a sua importância no trabalho de campo, principalmente, nos estudos das sociedades.
O capítulo 14 diz respeito sobre as implicações relacionadas ao programa Grande Carajás, bem como custos financeiros, custos sociais e os custos ambientais, associado com a perda da cobertura florestal original nas áreas afetadas.
Relatório de viagem realizada entre 15 e 28 de fevereiro de 1985 na comunidade indígena Suruí (Aikewara). Observações sobre a importância da coleta da castanha.
O documento intitulado "Our Common Future" é o relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, estabelecida em 1983 pela ONU e liderada por Gro Harlem Brundtland, Primeira-Ministra da Noruega. Este relatório é considerado um dos documentos mais importantes da década sobre o futuro do mundo. Ele aborda as graves questões ambientais e de desenvolvimento global, propondo soluções realistas para assegurar o progresso humano sem esgotar os recursos das futuras gerações.
O texto alerta para a necessidade urgente de unir economia e ecologia, responsabilizando governos e populações não apenas pelos danos ambientais, mas também pelas políticas que causam tais danos. O documento destaca que muitas dessas políticas ameaçam a sobrevivência da raça humana e podem ser modificadas, mas a ação deve ser imediata.