O discurso contido no documento é uma declaração de um representante dos movimentos indígenas internacionais, destacando a luta e as reivindicações dos povos indígenas, particularmente os maias de Belize. O orador começa com uma saudação calorosa e expressa solidariedade na luta comum, mencionando a rica história e cultura dos maias, que datam de cerca de 1700 a.C., bem antes da fundação de Roma. Ele ressalta a importância da contribuição agrícola dos maias para o crescimento econômico e desenvolvimento das nações onde vivem.
O discurso sublinha a importância de os maias assumirem o controle de seus próprios assuntos e contribuírem para a criação de uma sociedade justa. O orador critica as transações governamentais que frequentemente resultam em abusos e desvantagens para os povos indígenas. Ele destaca uma proposta apresentada ao governo de Belize para a criação de uma reserva cultural de 500.000 acres, onde os maias poderiam continuar a viver em paz e desenvolver-se cultural e economicamente em seu próprio ritmo. No entanto, essa proposta ainda não foi atendida, apesar de ter sido apresentada em 1986.
O representante denuncia tentativas de dividir e conquistar os povos indígenas, mencionando a ameaça de um plebiscito que poderia resultar na perda de terras para os maias. Ele enfatiza que para os maias, a terra é tão preciosa quanto o ar que respiram, sendo intrinsecamente ligada à sua cultura. Além disso, ele comenta sobre a situação explosiva na América, com violência em todos os cantos, e critica a exploração e dominação política e econômica que resultam em fome, analfabetismo, doença e morte precoce entre os indígenas.
O discurso também menciona a injustiça histórica sofrida pelos indígenas desde a chegada de Colombo, destacando que as violações de direitos continuam até hoje, como a prisão de líderes indígenas no México e o massacre de refugiados indígenas que tentam retornar à Guatemala. O orador conclui rejeitando as comemorações dos 500 anos da chegada de Colombo, visto que representam a exploração e destruição cultural dos povos indígenas, e reafirma a determinação dos povos indígenas em lutar por seus direitos à terra e autodeterminação.