O documento "Parallel Process in Acculturation" de Robert F. Murphy e Julian H. Steward analisa dois casos de aculturação – os Mundurucu do Rio Tapajós no Brasil e os Algonquinos do Nordeste do Canadá – para demonstrar processos paralelos de mudança cultural. Apesar das diferenças em estrutura social e adaptação ecológica entre as duas culturas pré-contato, ambas exibiam níveis semelhantes de integração sociocultural. As famílias eram unidades básicas relacionadas através de padrões supra-familiares – atividades de aldeia no caso dos Mundurucu e funções de banda no caso dos Algonquinos – mas as unidades locais eram politicamente autônomas.
O estudo destaca como a influência comercial externa levou à redução do nível de integração local, de bandas ou aldeias para famílias individuais, reintegradas como partes marginais de uma nação maior. A atividade econômica comum que emergiu, focada na coleta de produtos silvestres, implicou adaptações ecológicas similares, mesmo que a produção de borracha pelos Mundurucu fosse bastante diferente da caça de peles pelos Algonquinos. Em ambos os casos, a cultura resultante passou a depender quase completamente de bens comerciais trocados por produtos locais.
O documento explora como essas mudanças ilustram a ecologia cultural, diferenciando-a do determinismo ambiental. Ao longo de suas seções, o estudo detalha a organização social, o ciclo de subsistência e as práticas de aculturação dos Mundurucu e dos Algonquinos, revelando como a dependência econômica alterou suas estruturas sociais, enfraquecendo a autoridade dos chefes tradicionais e desintegrando padrões de vida comunitária.
Para uma análise completa e metodológica do processo de aculturação e suas implicações sobre a integração sociocultural e econômica das duas culturas, consulte o documento completo.