Exploração econômica da Amazônia: perspectivas para região de Carajás
- BR .UNIFESSPA. IF-EA-273.pdf
- Item
- Outubro de 1988
Parte de Acervo Iara Ferraz
O documento trata da exploração econômica da Amazônia, focando especialmente nas perspectivas para a região de Carajás, como parte do projeto "A Desordem Ecológica da Amazônia: Em Busca de uma Reciprocidade de Perspectivas na sua Análise e Levantamento". Coordenado por João Urbano Cagnin, o documento, datado de outubro de 1988, descreve a criação do Programa Grande Carajás (PGC) pelo Governo Federal no final de 1980, visando articular ações públicas para desenvolver a infraestrutura econômica e produtiva da região, utilizando incentivos fiscais e financeiros.
O PGC é administrado por um Conselho Interministerial composto por 11 ministros e os três governadores dos estados envolvidos, com a coordenação da Secretaria de Planejamento e Coordenação da Presidência da República (SEPLAN/PR). A área abrangida pelo programa inclui parte dos estados do Pará, Maranhão e Goiás, somando 895.000 km², caracterizada como uma fronteira de ocupação econômica com abundantes recursos naturais, já integrada à rede de transportes inter-regional.
A infraestrutura regional inclui a Estrada de Ferro Carajás, operando desde 1985, várias rodovias asfaltadas, portos em Barcarena e São Luís, e a usina hidrelétrica de Tucuruí, que fornece energia para a região e exporta para o Nordeste. O documento também destaca os principais recursos minerais da região e a concentração de investimentos em infraestrutura básica e desenvolvimento industrial no sudeste do Pará e noroeste do Maranhão, favorecendo núcleos urbanos como Marabá, Imperatriz e Açailândia.
Além disso, discute a política de industrialização, focando inicialmente no segmento siderúrgico a carvão vegetal e considerando várias diretrizes e exigências para garantir a sustentabilidade dos projetos, como a reposição florestal e o uso de tecnologias apropriadas. O documento reconhece a necessidade de políticas nacionais eficientes para controlar o desmatamento e valorizar os produtos florestais, destacando a importância da criação de empregos na região e o impacto socioeconômico positivo esperado.
João Urbano Cagnin