O documento examina a questão da transformação da Amazônia ao longo de duas décadas, focando em como as políticas de desenvolvimento da região foram direcionadas para homogeneizar o espaço regional e facilitar a reprodução do capital. Inicialmente, houve uma ilusão de colonização, mas na realidade tratava-se da entrada do grande capital. Planos como POLOAMAZÔNIA, SUDAM, INCRA e PROTERRA, sob a orientação do Banco Mundial, buscaram incorporar a terra ao mercado e os produtos primários ao mercado de commodities, ampliando a atuação do capital financeiro mundial. Estruturas como GETAT e GEBAM foram criadas para consolidar essa dominação, mas não obtiveram o sucesso esperado, e os resultados socioeconômicos foram limitados. A economia especulativa-comercial prevaleceu, e locais como Carajás não se integraram ao desenvolvimento regional. Socialmente, não se conseguiu formar um setor assalariado moderno, com doenças e miséria prevalecendo sobre os benefícios das infraestruturas. O conflito social dominou o campo, e as estruturas de dominação não se legitimaram. Em resumo, o documento propõe uma reavaliação do processo de desenvolvimento da Amazônia, considerando as falhas e crises das ideias de região até então implementadas.