O texto debate sobre três possibilidades em que as terras indígenas podem ser reconhecidas. A primeira é resultado de ato comum de compra e venda ou doação; a segunda é pela intervenção governamental com a criação de uma reserva indígena; a terceira é o reconhecimento federal de uma parcela da terra como posse imemorial dos indígenas.
O documento apresenta recortes textuais selecionados por Iara Ferraz de um artigo produzido pelo jornalista Lúcio Flávio Pinto, ao jornal “O Liberal”. Os trechos destacam a Província Mineral de Carajás apontando dados do seu tamanho territorial, localização e vegetação, e o potencial de mineração que já está sendo escoado. Abordam também, trechos descrevendo a ocupação das indústrias siderúrgicas movidas a carvão vegetal que se estabelecem ao longo da ferrovia devido a mineração, que ao se instalarem provocam o crescimento populacional acelerado de núcleos urbanos, como em Marabá. Ao fim, outro recorte destaca críticas ao discurso de desenvolvimento, que nesse caso só se aplica à economia, promovendo um atraso social que fortalece tensões na região entre indígenas, garimpeiros e posseiros.
Registro fotográfico próximo à balsa que realiza a travessia entre os municípios de Xambioá e São Geraldo do Araguaia, cruzando o Rio Tocantins no início dos anos 2000
Anotações das transmissões da rádio da Delegacia Regional de Belém. As transmissões dizem respeito a demarcação da área do Posto Indígena Sororó, bem como a insatisfação dos indígenas com a situação.
O documento apresenta os diálogos entre o presidente da Funai, o presidente da ELETRONORTE e o representante indígena Kronokrenhum. A respeito do valor da indenização paga aos Gaviões em relação às linhas de transmissão elétrica que afetam a comunidade indígena.
A transcrição apresenta o diálogo ocorrido na ocasião em que a equipe de avaliação do DGPC visitava o Posto Indígena Mãe Maria, área do Projeto Gavião-Suruí, o “capitão” krokrenum faz questão de esclarecer mais uma vez a situação dos Gavião em relação à 2° Delegacia Regional de Belém. O diálogo também conta com o relato de Krokrenum sobre a questão do pagamento pela Delegacia, da comissão ao capitão, pela venda da safra de castanha.
Transcrição do depoimento em fita, no qual o indígena Awanasu comenta sobre o possível processo de demarcação de terra, que ocorreu na época por meio de soldados das Forças Armadas.
Trecho de uma transcrição apresentada à CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) sobre uma reunião entre o capitão da aldeia e os servidores da FUNAI. O trecho aborda o tema da demarcação de terra, evidenciando a tensão entre as partes durante a negociação dos conflitos agrários.
O diálogo em questão diz respeito sobre a compra e venda de castanha, bem como a quantidade de hectolitros vendidos e a organização dos castanheiros no processo de extração da castanha.