Na carta, Krua afirma que todos do Posto Indígena Mãe Maria estão bem e com saúde, ele comenta que todos estão felizes e trabalhando na safra da castanha. Ademais, ele pede que se possível o Dr. João Paulo possa levar uma calculadora e uma balança para ajudá-lo no trabalho do armazém de castanha.
A carta diz respeito às preocupações acerca da reestruturação da empresa Vale do Rio Doce após a sua privatização. Bem como os seus compromissos em relação às populações locais afetadas pelos seus empreendimentos, sobretudo os Aikewar, grupo indígena da Terra Indígena Sororó.
Na carta, Iara informa sobre o desenvolvimento do Projeto Vídeo Carajás e de como foram feitas as pesquisas para o documentário na primeira etapa do Projeto. Nesse sentido, foram realizadas vinte e seis horas de gravações em vídeo onde foram documentadas as usinas e as várias formas de produção de carvão. A segunda etapa do trabalho, foi realizada nos meses de dezembro de 1989, janeiro e fevereiro de 1990. A equipe pretende documentar os processos sociais ocorridos nos 20 anos no Vale do Aço, em Minas Gerais. Dessa forma, por meio da carta Iara relata que para cobrir as despesas verifica-se a necessidade de uma adaptação dos valores das parcelas a serem remetidas.
Na carta, Iara Ferraz aponta a viagem à Paris para participação na Sessão Amazônica Brasileira do Tribunal Permanente dos Povos. Nesse sentido, Iara informa que gostaria de marcar um encontro em Viena. Nessa ocasião, levando pessoalmente as prestações de conta e os relatórios de trabalhos referentes ao material já editado do documentário Vídeo Carajás.
A seguinte carta tem como objetivo, expressar a preocupação com a situação vivida pela comunidade indígena Gavião da Montanha, que teve suas terras tradicionais inundadas pelo reservatório da Hidroelétrica de Tucuruí e vive, atualmente, na Área Indígena de Mãe Maria (PA).
Na carta, Iara mostra preocupação em relação as previsões de incêndios no sul da Amazônia durante o verão. E pede para que Mairá e todos na aldeia fiquem atentos para prevenir acidentes.
A carta diz respeito sobre a necessidade do governo federal dispor de recursos financeiros para serem investidos no melhoramento da comunidade indígena Suruí, bem como o transporte, atendimento à saúde, educação e atividades produtivas.