Esclarecimento ao Ofício N° 162 - PDPI sobre a necessidade de aquisição de motocicleta frente ao "Projeto Desenvolvimento Integrado do Povo M'Bya Guarani".
Em carta ao editor da revista, a antropóloga Iara Ferraz esclarece algumas informações que foram retratadas na matéria de forma equivocada. A matéria com título: “Índios no open- os Gaviões multiplicam seu capital” interpreta que os indígenas gaviões lucram com os processos de indenização em decorrência da ocupação do seu território. Na carta, Iara ressalta a falta de opção aos Gaviões, sempre era “tarde demais”, rodovias, hidrelétricas, projetos de mineração, agropecuária etc, planos que nunca se preocuparam em preservar o território indígena.
O documento trata da Resolução Nº 1 aprovada pela Comissão Interministerial de Mudança do Clima, disponibilizada para consulta pública pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Essa resolução estabelece normas para projetos relacionados ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), vinculado ao Protocolo de Quioto, o qual visa a redução de emissões de gases de efeito estufa. A resolução também define as regras para a obtenção de "créditos de carbono" por nações desenvolvidas, permitindo que comprem créditos em países em desenvolvimento, como o Brasil, que é o primeiro país em desenvolvimento a criar tais normas. O documento destaca a integração de vários ministérios na comissão responsável, criada em 1999, com o objetivo de articular ações governamentais e aprovar projetos que contribuam para a redução de emissões de gases poluentes, preparando-se para a futura implementação do MDL.
Mapa da revista Companhia Vale do Rio Doce, contendo todas as aldeias indígenas afetadas pela estrada de Ferro Carajás e participantes do convênio CVRD-FUNAI.
O documento diz respeito sobre a demarcação da Área Indígena Sororó, sobretudo de como foi demarcada de forma incorreta, prejudicando os indígenas e beneficiando os castanheiros da região. Nesse sentido, os indígenas Suruí reivindicam uma nova demarcação das áreas tradicionais.
As organizações não governamentais brasileiras, empreenderam em conjunto uma análise do programa governamental intitulado Programa Grande Carajás. Dos projetos integrantes desse programa, mereceram particular atenção os de produção de ferro-gusa e ferro-ligas, que utilizam carvão vegetal obtido pelo desmatamento da floresta amazônica. Nesse sentido, as entidades subscritoras da presente representação, decidiram processar judicialmente a União Federal por ter planejado e instituído o PGC.
Nesta Réplica o geógrafo, Orlando Valverde, critica a forma como o Programa Grande Carajás atua na região, bem como as suas consequências ambientais. O autor ressalta que é preciso redimensionar a política de planejamento adotada pelo Conselho Interministerial do PGC, uma vez que se a mesma política for mantida os resultados serão catastróficos tanto na economia, política e ambiental.
Em solicitação ao Presidente da Funai, Iara Ferraz argumenta sobre a renovação do seu contrato para continuar coordenando o Plano Integrado de Desenvolvimento Comunitário Gavião-Suruí.