Na carta, os delegados do I Congresso Nacional de Trabalhadores Atingidos por Barragens, questionam as políticas públicas de construção de barragens, para a geração de energia elétrica ou para irrigação, que não atendem aos interesses dos pequenos agricultores, povos indígenas e do conjunto da classe trabalhadora. O movimento social denuncia os grandes projetos de construção de barragens que geram desastrosos efeitos à população atingida. As políticas de construção de barragens significam para os trabalhadores a expulsão da terra e a consequente destruição de comunidades rurais. Dessa forma, foi criado o Movimento Nacional dos Trabalhadores Atingidos por Barragens, com o objetivo de articular movimentos locais e regionais de luta pela terra, visando profundas reformas na política energética.
Comissão Nacional de Trabalhadores Atingidos por Barragens
A carta é um manifesto dos trabalhadores da transamazônica. Na carta os trabalhadores exigem melhores condições de vida, bem como a construção de hospitais públicos e a contratação de médicos especializados nas doenças mais comuns na região, exigem uma educação voltada para o desenvolvimento regional, melhores condições de ensino, regularização das terras, financiamento, assistência e condições de comercialização para os agricultores. Por fim, os trabalhadores, convocam toda a população da Transamazônica e todos os que quiserem somar forças para enfrentar a política de colonização e a situação de abandono que o governo deixou.
Na carta, Vicente informa que conversou com o Dr. João Paulo sobre o assunto da demarcação de Terra. Vicente informa que o Dr. João escreveu para o presidente da Funai e espera uma resposta em relação à revisão dos limites de terras demarcadas.
Na carta, Carlos Alberto, comenta um episódio que ocorreu na III Assembléia Nacional do CIMI- Conselho Indígena Missionário. O fato em questão diz respeito sobre a fala do indígena Aniceto Xavante, ele contou um pouco da história do povo Xavante e em seguida questionou por que os missionários não estavam mais querendo batizar as crianças indígenas. Carlos Alberto problematiza essa fala e indaga para reflexão, por que o batismos se tornou importante para o povo Xavante.
Na carta, o CTI informar à comunidade Suruí que é inviável a desistência em relação ao processo de demarcação de terra. Em uma carta enviada ao CTI, a comunidade indígena informava que gostaria de desistir do processo de revisão e demarcação das suas áreas tradicionais que estavam em posses de fazendeiros, no entanto, o Centro de Trabalho Indigenista, informa que desistir do processo tornará mais difícil demarcar futuras Terras Indígenas, e que é impossível repassar o recurso financeiro, destinado à demarcação, para outras necessidades.