O documento examina as transformações sociais, econômicas e urbanas na cidade de Macaé, Rio de Janeiro, decorrentes da instalação do complexo de exploração petrolífera na Bacia de Campos pela Petrobrás a partir da década de 1970. Inicialmente, descreve como Macaé, uma cidade até então de porte médio e economia tradicional, foi subitamente impactada pelo rápido crescimento populacional e econômico impulsionado pelo "boom" do petróleo. Esse processo gerou profundas mudanças na vida local, incluindo a marginalização de antigos residentes, o aumento da criminalidade, a formação de favelas e a sobrecarga da infraestrutura urbana. O texto também aborda o conflito entre o progresso industrial e as tradições locais, mencionando a perda de espaços culturais e a resistência da população a algumas iniciativas industriais. Além disso, discute o impacto psicológico e social nas pessoas envolvidas diretamente na indústria petrolífera, incluindo as difíceis condições de trabalho nas plataformas e a alta rotatividade da mão-de-obra. Por fim, o documento reflete sobre a dívida social da Petrobrás com a cidade e a formação de uma nova identidade social e sindical entre os trabalhadores locais, destacando o papel da empresa estatal na remodelação da estrutura econômica e social de Macaé.